Ao longo da trajetória humana sobre a Terra, os homens sempre buscam inovações e alternativas que lhes ofereça mais segurança e conforto nas construções. Neste quesito, a preocupação com a qualidade e rapidez, além de evitar o desperdício, tem sido cada vez maior. A HI-TECH, do segmento da construção civil, fundada há doze anos em São Paulo, agora no mercado de Goiânia, oferece uma tecnologia, há décadas utilizado nos Estados Unidos e Europa, capaz de atender às necessidades mais exigentes.
O engenheiro e diretor da HI-TECH, Maurício Valério Silveira, explica que é um processo simples, a partir da utilização de painéis, feitos sob medida, que atendem a qualquer tipo de projeto arquitetônico.
A tecnologia simplifica na hora de construir, explica Maurício. As placas de EPS são revestidas por estruturas de micro concreto armado (em treliças de aço). Isto dispensa o uso de vigas e pilares na obra. Na obra que utiliza a tecnologia, desperdício de materiais é coisa do passado.
Segundo o engenheiro, os painéis possuem 1,20 m de largura básica, sendo múltiplo de 5 cm, tanto na largura quanto na altura, o que dá total liberdade de aplicação ao arquiteto. Após serem ‘costurados’, os painéis recebem a aplicação de argamassa de cimento/areia. Antes disto é feita a colocação dos dutos rígidos ou flexíveis de hidráulica e elétrica. O momento de passar a fiação e tubulação é quando a casa já está levantada.
As placas chegam ao canteiro de obras seguindo o projeto previamente elaborado. O sistema é vantajoso do início ao fim, já que durante a montagem das placas, não é necessário contratar pedreiro especializado. O engenheiro afirma que quanto menos souber de construção civil, melhor, pois assim não traz os vícios do sistema tradicional. A mão de obra é reduzida: um mestre de obras para garantir prumo, alinhamento e esquadro e pedreiros para desempenar paredes.
Maurício salienta que as paredes do sistema são aliadas na economia de energia. “Elas mantêm a temperatura do ambiente. Isto dispensa o uso de refrigeração. “Isto é possível graças à alta performance térmica do EPS, reforçado com aço e argamassa, o que dá ao projeto uma possibilidade de manutenção do clima interno, economizando energia elétrica.
O engenheiro garante ainda que não existe nenhuma restrição na construção da casa com o uso de EPS, conhecido comercialmente com Isopor. As paredes e o chão podem receber todo o tipo de acabamento. Já as vigas e pilares de concreto são dispensáveis nesse tipo de construção, a não ser em locais onde os vãos de janelas, principalmente salas com vista para o exterior, com vãos grandes e cargas elevadas. “Os painéis da HI-TECH são totalmente integráveis com as mais diversas estruturas ou formas estruturais, sejam elas metálicas, em concreto ou de madeira.”
Outro ponto a favor é que a parede detém rigidez suficiente para sustentar-se. É auto-portante até 7 m de altura, para uma carga de até 30 T/ml.
Este sistema norte-americano de argamassa armada cria uma continuidade entre as paredes estruturais, internas ou externas. A tecnologia também pode ser empregada como piso de ambientes ou laje de cobertura, o que cria um bloco monolítico de painéis estruturais.
A tecnologia foi desenvolvida a partir de uma tecnologia norte-americana, que teve como principal preocupação, evitar mortes em caso de terremotos, furacões ou tornados nos EUA.
Economia – Um ponto interessante desta tecnologia é o fato de ser uma construção limpa, rápida, de mão-de-obra reduzida e ser econômica, se for levada em consideração a ausência da parte estrutural, que em média custa de 20 a 30% do valor da obra.
Maurício explica que, o custo final da obra é variável, uma vez que cada construção tem o seu acabamento previamente definido. Também, em cada região há valores e condições específicas de logística e mão-de- obra variado. Além de que o preço por m² de área construída é indefinido.
A título de comparação o engenheiro diz que um construtor cobra em média, R$ 1.300 pelo m² de uma construção tradicional. Já, se a mesma for pelo sistema de argamassa armada, o valor cobrado pelo empreiteiro é em média R$ 1.000 o m².
O preço da parede de alvenaria convencional pronta, incluindo o material e a mão-de-obra, sai entre R$ 45 e R$ 60 o m². Já a feita com isopor custa em torno de R$ 100 o m². De acordo com o engenheiro a utilização dos painéis HI-TECH podem gerar uma economia de 40% na etapa estrutural.
Maurício salienta que quanto menor a casa, e se for térrea, menor será a economia unitária. Outro fator de redução de custo é a quantidade, ou seja, quem fizer 300 casas populares, por exemplo, utilizando a mesma logística pode conseguir um ganho maior. O engenheiro afirma que em construções individuais, acima de 100 m² AC, a economia é evidente, pela eliminação da fundação, madeiramento, mão de obra especializada de carpinteiro e armador. Segundo ele, a redução do tempo de execução da obra, do número de pessoal e a alta produtividade são os grandes aliados dos painéis.
Resistência – O engenheiro garante que as casas com painéis HI-TECH são seguras e têm estrutura igual ou até superior as tradicionais. “Imagine uma mesa com 4 pernas e a tampa da mesa. Se uma perna quebra, você perde a mesa e o estrago do que está em cima dela é enorme. Agora, numa caixa de papelão, você pode recortar, colocar de cabeça pra baixo, portas, janelas e até um dos cantos. Ela não cai. Pode até amassar e deformar, mas não cai.”
Segundo Maurício, os painéis HI-TECH resistem a mais de 40 T/ml (toneladas por metro linear). “É uma resistência que permite uma edificação de mais de 5 andares, podendo chegar a mais andares aumentando a resistência da argamassa a ser utilizada”, afirma.
Há ainda resistência a novidades quando o assunto é a casa própria. E, embora seja uma construção diferenciada e mais barata do que a convencional, a maioria das pessoas que optou por este tipo de construção pertence às classes A e B. A empresa assina construções nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Em geral, quem opta pelo sistema está de olho na limpeza da obra que, em média, tem redução de 15%. Outro item fundamental é a rapidez. Este pode fazer a duração da obra cair pela metade, já que o material é leve e de fácil manuseio.
O sistema HI-TECH é financiável pela CAIXA Econômica Federal. Possui patente no INPI e todos os testes de compressão, resistência ao fogo e ao choque de corpo mole e duro, acústica, estanqueidade, segurança estrutural, avaliação de durabilidade, avaliação de pós-ocupação, foram realizados no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT da USP) e pelo Laboratório de Materiais de Construção Civil (LMCC) da Universidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul.
A casa ilustrada abaixo foi montada em 24 horas

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